por Pedro Vale
É preciso viver sem paixões.
Mergulhar no absoluto anonimato,
Permanecer morto ou vivo até ao fim.
Aclamar o tumulto escuro e bruto.
Encenar o drama clemente e lento.
Sentir um amor ideal por anjos nebulosos.
Descobrir um novo fundo de poesia e
aguardar uma voz que nos ordene docilmente:
- Não te movas, nem te inquietes,
nem traias o que
ainda não
és.
Poema extraído do livro AZUL INSTANTÂNEO
Pedro Vale é poeta e professor.
Português nascido no Porto, reside no Funchal
e frequenta o mestrado em Gestão Cultural
na Universidade da Madeira.
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