por Almeida Martins
Corpo humano
Oxigênio vem tragando
E de pouco em pouco deteriorando
Multiplicador celular
De tanto produzir
Pode um dia falhar Química nas veias
Atitudes devaneia
Consequências provará
Coração bate-bate
Taquicardia na carne
Sangue não pode parar
Mais um ano se passa
Mais uma peça desgasta
Sem lugar para comprar
Corpo humano
Tão frágil quanto o canto
De um gago a cantar
O fígado corre
Quando tomamos um porre
O álcool tem que vazar
Mais um remédio eu tomo
Conserta um defeito
E coloca outro no lugar
E o que sobra depois?
Um mente parada
E um corpo sem voz
Só vive a ideia
A virtude e o bem
Que fizemos a alguém
Que se lembra de nós
Mais um ano se passa
Mais uma peça se encaixa Atitudes de graça
Em um corpo imperfeito
Para alunos sem êxito
Em um mundo sem jeito
Uma escola perfeita
Almeida Martins é uma cara simplista com olhar instintivo no cotidiano.
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