Memorial
- Armazém na Estrada
- 10 de ago. de 2021
- 1 min de leitura
Chris Resplande

Carrego meus tesouros
em potes de barro.
Por herança, histórias
que dão sentido ao presente.
Olhar voa longe...
Pousa em fotografias fixadas
na memória.
Ouço bandolins, pilões, vitrolas;
Tia Ana a resmungar:
– Bicho excomungado é barata!
Roeu a esperança
escondida em cédulas no colchão.
Bicho excomungado é o tempo!
Roeu cheiros, sabores, presenças...
Roeu a existência em anos
que escorreram pelas mãos.
Restaram os tesouros,
memorial delicado de saudades.
Chris Resplande é de Goiânia.
Poeta, mantém a página @asletrasdachris, no instagram.
Apresenta encontros poéticos no youtube do Museu Antropologico da UFG.
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