Chris Resplande
Carrego meus tesouros
em potes de barro.
Por herança, histórias
que dão sentido ao presente.
Olhar voa longe...
Pousa em fotografias fixadas
na memória.
Ouço bandolins, pilões, vitrolas;
Tia Ana a resmungar:
– Bicho excomungado é barata!
Roeu a esperança
escondida em cédulas no colchão.
Bicho excomungado é o tempo!
Roeu cheiros, sabores, presenças...
Roeu a existência em anos
que escorreram pelas mãos.
Restaram os tesouros,
memorial delicado de saudades.
Chris Resplande é de Goiânia.
Poeta, mantém a página @asletrasdachris, no instagram.
Apresenta encontros poéticos no youtube do Museu Antropologico da UFG.
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