por Lodônio de Poiri
Versos sórdidos com rimas imundas
não definem a nossa insanidade.
Ainda resido naquele aquário:
um fugitivo de vossas bolhas...
"Não te esqueças do dia
em que me deste
aquele aquário."
(ainda não sei no qual,
comprado fora, antiquário)
Ninguém será livre com Mallarmé!
Ninguém será abandonado como órfãos de Rousseau...
Quem, no bosque, celebra com Apollinaire?
Alguém aclama futilidades enquanto
vós almejais tormentos edificantes.
O marasmo de Ícaro é a mesma decepção de Prometeu.
E ainda lateja aquele tesão antigo...
Lodônio de Poiri é poeta e escritor. Um epicurista anarquista e vice-versa
Commentaires