por Margarida Fontes
Todas as manhãs escrevo uma história bizarra.
É a minha forma de esticar a vida.
Abro a minha cabeça de sonhos da noite passada e pressinto, em ebulição, cores que eu própria inventei. Acordo-as todas, uma por uma;
Ao despertarem-se, vejo tons mais afoitos e alegres, alguns ariscos, e uns desconfiados e traiçoeiros.
Umas cores rejeitam-me e partem, outras voltam a dormir. As que ficam, com o tempo, viram bichos, machos e fêmeas
Assustadores, por vezes
mas são anjos, na verdade.
Nunca me deixam só
Viver é muito arriscado.
Margarida Fontes é jornalista e escritora.
Autora dos livros (poesia):
“De Lírios” e “Confidências do Tempo”.
Nasceu na Ilha do Fogo, em Cabo Verde,
e reside na Ilha de Santiago.
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